Curto e Profundo

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A busca por perfeição tem esmagado muitas pessoas. Elas se cobram além do limite, escondem suas fragilidades, sentem vergonha de seus erros e tentam sustentar uma imagem impecável diante do mundo. No entanto, essa corrida é ilusória e destrutiva. Deus nunca exigiu perfeição — Ele pede inteireza. Pede que cada pessoa se apresente como é, com luzes e sombras, virtudes e feridas, quedas e recomeços.

A verdadeira reconciliação consigo mesmo começa quando se abandona o peso das expectativas irreais. Perfeccionismo não é santidade; é prisão. Ele impede o crescimento, sufoca a alma e cega para a misericórdia divina. Quando a pessoa aceita que é limitada, abre espaço para a ação de Deus. Ele trabalha justamente naquilo que é frágil, transformando imperfeições em caminhos de maturidade.

Reconhecer quem se é — sem máscaras — exige coragem. É olhar para dentro, admitir falhas, acolher a própria história e permitir-se ser humano. Esse movimento não enfraquece; fortalece. Pois somente quem se aceita pode, de fato, se transformar. A reconciliação interior restaura a identidade, acalma a mente e devolve equilíbrio emocional. E quando isso acontece, a vida se torna mais leve, mais verdadeira e mais fértil.

Deus não rejeita imperfeições; Ele as abraça. O que Ele pede é sinceridade, humildade e disposição para caminhar. Cada pessoa é chamada a crescer, mas nenhum crescimento acontece negando a própria realidade. A inteireza consiste em viver com autenticidade, assumindo responsabilidades, aprendendo com os erros e reconhecendo o valor da graça que sustenta cada passo.

Reconcilie-se consigo. Deixe de lado o ideal inalcançável e permita-se ser quem realmente é. Na inteireza, a alma encontra paz e Deus encontra espaço para agir.
A vida floresce quando a pessoa deixa de buscar perfeição e escolhe, enfim, ser inteira.